Copa do Mundo: oportunidades e desafios para o mundo do trabalho
A realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014 abre uma série de oportunidades para que os temas do mundo do trabalho sejam favorecidos, disse a Diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo
SÃO PAULO (Notícias da OIT) – A realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014 pode abrir uma série de oportunidades para que os temas do mundo do trabalho sejam favorecidos com a realização deste evento. A afirmação foi feita pela Diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, para integrantes da UNI Global Union, entidade que reúne 20 milhões de trabalhadores do setor de serviços no mundo.
Estão previstos pesados investimentos em infraestrutura (R$ 33 bilhões), a presença de 3,7 milhões de turistas e a criação de 740 mil novos empregos, metade dos quais permanentes. Mas, alertou Laís Abramo, existem riscos embutidos na realização de um evento deste porte, como o desrespeito aos direitos fundamentais no trabalho, o aumento da ocorrência de formas inaceitáveis de trabalho (trabalho infantil, trabalho forçado, tráfico de pessoas para exploração laboral), aumento dos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes. Além disso, podem aumentar as formas precarizadas e inseguras de trabalho, além do fato de que o legado social e econômico é incerto.
De qualquer forma, a Diretora da OIT no Brasil observou que entre as potencialidades e oportunidades proporcionadas pelo evento estão, entre outros, a Lei Geral da Copa, que prevê uma campanha nacional de mobilização sobre o Trabalho Decente. Há, também, geração de oportunidades de formação e qualificação profissional e de emprego e trabalho decente para jovens, mulheres, negros, pessoas com deficiência e empregos ambientalmente sustentáveis (empregos verdes).
As manifestações populares ocorridas em junho no Brasil, algumas das quais foram dirigidas contra os gastos com a realização da Copa do Mundo, também foram abordadas por Laís Abramo. Segundo ela, isso “reforça a importância de uma agenda preventiva (dos riscos) e propositiva (potencializar os impactos positivos, como o legado do evento). Além disso, tais ações mostram a importância da ação sindical e do diálogo social.
Entre as ações planejadas e que têm parceria da OIT, Laís Abramo listou:
· Pacto pelo Trabalho Decente na Copa, em discussão em quatro sedes: Cuiabá, Recife, Salvador e São Paulo. A proposta será apresentada ao Governo
· Discussão do tema no processo de construção de agendas estaduais e municipais de Trabalho Decente (Pernambuco, Minas Gerais, município de São Paulo e Cuiabá)
· Seminário sobre o setor têxtil em Pernambuco
· Participação na Mesa de Diálogo do Setor de Turismo e Hotelaria, coordenada pela Secretaria Geral da Presidência da República
· Importância de fortalecer a parceria com o movimento sindical e os espaços de diálogo social.
Estão previstos pesados investimentos em infraestrutura (R$ 33 bilhões), a presença de 3,7 milhões de turistas e a criação de 740 mil novos empregos, metade dos quais permanentes. Mas, alertou Laís Abramo, existem riscos embutidos na realização de um evento deste porte, como o desrespeito aos direitos fundamentais no trabalho, o aumento da ocorrência de formas inaceitáveis de trabalho (trabalho infantil, trabalho forçado, tráfico de pessoas para exploração laboral), aumento dos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes. Além disso, podem aumentar as formas precarizadas e inseguras de trabalho, além do fato de que o legado social e econômico é incerto.
De qualquer forma, a Diretora da OIT no Brasil observou que entre as potencialidades e oportunidades proporcionadas pelo evento estão, entre outros, a Lei Geral da Copa, que prevê uma campanha nacional de mobilização sobre o Trabalho Decente. Há, também, geração de oportunidades de formação e qualificação profissional e de emprego e trabalho decente para jovens, mulheres, negros, pessoas com deficiência e empregos ambientalmente sustentáveis (empregos verdes).
As manifestações populares ocorridas em junho no Brasil, algumas das quais foram dirigidas contra os gastos com a realização da Copa do Mundo, também foram abordadas por Laís Abramo. Segundo ela, isso “reforça a importância de uma agenda preventiva (dos riscos) e propositiva (potencializar os impactos positivos, como o legado do evento). Além disso, tais ações mostram a importância da ação sindical e do diálogo social.
Entre as ações planejadas e que têm parceria da OIT, Laís Abramo listou:
· Pacto pelo Trabalho Decente na Copa, em discussão em quatro sedes: Cuiabá, Recife, Salvador e São Paulo. A proposta será apresentada ao Governo
· Discussão do tema no processo de construção de agendas estaduais e municipais de Trabalho Decente (Pernambuco, Minas Gerais, município de São Paulo e Cuiabá)
· Seminário sobre o setor têxtil em Pernambuco
· Participação na Mesa de Diálogo do Setor de Turismo e Hotelaria, coordenada pela Secretaria Geral da Presidência da República
· Importância de fortalecer a parceria com o movimento sindical e os espaços de diálogo social.