Quem são as vítimas do trabalho forçado?

O trabalho forçado afeta todos os grupos populacionais, jovens e velhos, homens e mulheres. No entanto, alguns grupos são mais vulneráveis do que outros. A OIT avaliou mais de 8.000 casos de trabalho forçado, que forneceram uma riqueza de informações sobre o perfil das vítimas e as causas da sua vulnerabilidade.

De acordo com a OIT, mulheres e meninas estão ligeiramente em maior risco do que homens e meninos, e representam a grande maioria das vítimas de exploração sexual forçada. As crianças representam um quarto de todas as vítimas. Quase metade de todas as vítimas migrou dentro do seu país ou através de fronteiras internacionais antes de acabar numa situação de trabalho forçado, confirmando que a mobilidade é um fator de vulnerabilidade importante.

As vítimas são frequentemente provenientes de minorias ou grupos socialmente excluídos, como é o caso em muitas partes do Sul da Ásia, África e América Latina. Muitos são trabalhadores migrantes (geralmente, mas nem sempre, trabalhando em situação irregular) ou trabalhadores pobres sazonais, que se deslocam das zonas rurais para as zonas urbanas, ou entre regiões e províncias distantes, em busca de trabalho. Vítimas de trabalho forçado imposto pelo Estado são mais exploradas pelos militares (ou grupos rebeldes), ou em prisões e centros de reabilitação.