A experiência do pequeno agricultor brasileiro no plantio de algodão sustentável é destaque na Cooperação Sul-Sul

Notícias | 6 de Setembro de 2019
Brasília - Em uma área de um pouco mais de dois hectares, o pequeno agricultor Marco Vitorino e sua esposa Rosilda produzem no roçado culturas típicas da região de Tapera: gergelim; milho; feijão; fava, diversas frutas; e, é claro, algodão.

O casal Vitorino foi o anfitrião da visita técnica ao município paraibano de Alagoa Grande, a última etapa da viagem à Paraíba de cerca de 30 representantes de países da América Latina e da África, que são parceiros dos projetos de Cooperação Sul-Sul Trilateral com o Governo do Brasil - por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores -, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O grupo formado por especialistas da Colômbia, de Mali e Moçambique e por representantes da ABC, OIT e FAO conheceu a vida e a experiência inspiradora dos dois pequenos agricultures brasileiros, que com incentivo do governo e da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), lutaram por vários anos para criar meios de subsistência, se firmar na região, comprar o pequeno lote, plantar, gerar renda e criar os três filhos já formados, que atualmente vivem em João Pessoa.

Organizada pela OIT, ABC e FAO, missão técnica de uma semana à Paraíba teve como objetivo fomentar a troca de experiências nas áreas de produção de algodão sustentável, associativismo e inovações tecnológicas entre os visitantes, pequenos produtores rurais, especialistas e pesquisadores no estado.

A OIT desenvolve o "Projeto Algodão com Trabalho Decente - Cooperação Sul-Sul para a Promoção do Trabalho Decente nos Países Produtores de Algodão da África e da América Latina" com a ABC e o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). O objetivo do Projeto é promover o trabalho decente na cadeia produtiva do algodão, com ênfase nos Direitos e Princípios Fundamentais do Trabalho e na melhoria das condições de trabalho em cinco países produtores da fibra: Paraguai, Peru, Mali, Moçambique e Tanzânia.

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Fotos: João Clementino/OIT Brasil