OIT apoia encontro de resgatados(as) do trabalho escravo no Maranhão

Cerca de 60 resgatados(as) de situação análoga à escravidão participaram este mês (10 e 11) no município de Pindaré Mirim (MA) do 6º Encontro de Trabalhadores(as) Resgatados(as) do Trabalho Escravo. Organizada pelo Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH/CB), a iniciativa teve apoio de Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP).

News | 27 May 2019
O 6º Encontro de Trabalhadores(as) Resgatados(as) do Trabalho Escravo foi organizado pelo Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH/CB). Foto: OIT
O Maranhão é o estado de origem do maior número de brasileiros vítimas de escravidão contemporânea. Segundo dados da fiscalização, 22% dos trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão no país são maranhenses. De 2003 a 2018, foram resgatados 8.119 trabalhadores nascidos no Maranhão em todo território nacional. Entre os municípios maranhenses com maior número de trabalhadores egressos estão Codó (357 pessoas), Açailândia (326), Pastos Bons (267), Imperatriz (230) e Santa Luzia (191).

Cerca de 60 resgatados(as) de situação análoga à escravidão participaram este mês (10 e 11) no município de Pindaré Mirim (MA) do 6º Encontro de Trabalhadores(as) Resgatados(as) do Trabalho Escravo. Organizada pelo Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH/CB), a iniciativa teve apoio de Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP).

O encontro ocorreu em um local simbólico — o antigo Engenho Central da cidade, que utilizou mão de obra escrava no século 19 na indústria da cana de açúcar. Em 2019, após ampla reforma, o local foi reinaugurado e se transformou em um centro cultural.

Incluindo os(as) trabalhadores(as) resgatados(as), o evento reuniu cerca de 270 pessoas, entre representantes da sociedade civil, lideranças de comunidades vulneráveis e estudantes. Segundo a secretária executiva do CDVDH, Mariana de la Fuente, o objetivo foi compartilhar experiências, discutir políticas públicas e criar estratégias de prevenção e repressão ao trabalho escravo.

O evento teve encenação do Grupo de Teatro Centro da Arte do CDVDH, seguida de apresentação do livro “Conto Escravidão”, de Xico Cruz. Também houve apresentação do Projeto Rede de Ação Integrada de Combate a Escravidão (RAICE), seguida de mesa-redonda com participação de representantes do poder público e da sociedade civil. A noite cultural foi comandada por escolas participantes do programa Escravo Nem Pensar e pela Capoeira RAICE Pindaré.

O sábado (11) foi marcado por rodas de conversas e atividades socioculturais; socialização de trabalhos; e encerramento com apresentação sociocultural de crianças e adolescentes da RAICE de Pindaré e homenagem às mães trabalhadoras.

O Maranhão é o estado de origem do maior número de brasileiros vítimas de escravidão contemporânea. Segundo dados da fiscalização, 22% dos trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão no país são maranhenses. De 2003 a 2018, foram resgatados 8.119 trabalhadores nascidos no Maranhão em todo território nacional. Entre os municípios maranhenses com maior número de trabalhadores egressos estão Codó (357 pessoas), Açailândia (326), Pastos Bons (267), Imperatriz (230) e Santa Luzia (191).

Fonte: https://nacoesunidas.org/oit-apoia-encontro-de-resgatadosas-do-trabalho-escravo-no-maranhao