OIT lança projeto e apresenta novos dados sobre Trabalho Escravo

Novo relatório mundial da OIT será apresentado em Brasília, com estimativas dos ganhos obtidos pelos que exploram essa grave violação dos Direitos Humanos

News | 16 May 2014
BRASÍLIA (Notícias da OIT) - Hoje, o trabalho forçado atinge quase 21 milhões de pessoas e traz grandes lucros aos seus perpetradores. O inédito Relatório sobre as Estimativas Globais Econômicas do Trabalho Forçado da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – a ser lançado nesta terça-feira, 20 de maio, em Brasília – apresentará os lucros propiciados por esse crime em todo o mundo. O Brasil é considerado referência no combate a esse problema.
Os dados serão apresentados durante o seminário Trabalho Forçado: Estimativas Econômicas Globais e um Novo Projeto para o Brasil que será realizado no Auditório Ministro Mozart Victor Russomano do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em um evento que se estenderá ao dia 21, quarta-feira.

O documento traz dados oficiais de estudos da OIT realizados em diversos países, obedecendo a uma inovadora e rigorosa metodologia. Paralelamente, a OIT anunciará o projeto Consolidando e Disseminando Esforços para o Combate ao Trabalho Forçado no Brasil e no Peru, um empenho concreto para combater o problema nos dois países, com o apoio do Departamento de Trabalho do governo dos EUA.

Estarão presentes a diretora do Escritório da OIT no Brasil, Lais Abramo; o ministro presidente do TST, Antonio José de Barros Levenhagen; a chefe do Programa Especial de Combate ao Trabalho Forçado da OIT, Beate Andress; o Procurador Geral do Trabalho - Ministério Público do Trabalho, Luis Camargo; a Embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde; representantes da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE) e de outras instituições da sociedade civil.

UM NOVO PROJETO PARA O BRASIL – O projeto “Consolidando e Disseminando Esforços para o Combate ao Trabalho Forçado no Brasil e no Peru” tem como objetivos aumentar o conhecimento sobre o trabalho forçado entre os principais atores no Brasil; aumentar o diálogo social e a capacidade institucional para a implementação de políticas públicas para a erradicação deste mal em nível nacional e estadual no país; o maior envolvimento do setor privado e de organizações de empregadores no combate ao trabalho forçado também no Brasil; reduzir a vulnerabilidade socioeconômica de grupos suscetíveis ao trabalho forçado nas áreas de intervenção do Projeto; e, por fim, melhorar as políticas de combate ao trabalho forçado no Peru.